A cantiga popular ao passar
Todos a julgam banal e afinal
Vai sorrindo à própria dor
Dizendo em trocas de amor
O seu destino fatal
Cantiga da rua
Das outras diferentes
Nem minha nem tua
É de toda a gente
Cantiga da rua
Que sobe e flutua
Mas não se detém
Inconstante e louca
Vai de boca em boca
Não é de ninguém
A pobreza é mais feliz
Porque diz
Em voz alta o seu pensar
A cantar
E é a rua que ela vem
Como fora à própria mãe
As suas mágoas contar.
Cantiga da rua
Veloz andorinha
Não pode ser tua
E não será minha…
Cantiga da rua
Jamais se habitua aos lábios de alguém
Vive independente
É de toda a gente
Não é de ninguém!
Sem comentários:
Enviar um comentário